CAPSIndica: nossas indicações para aproveitar junho
- Gaby Canova
- 22 de jun. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de ago. de 2021
Nossas indicações para aproveitar o frio de junho incluem música, filme, TedX Talk, séries e livro! Não perca!
O CAPSIndica de junho chegou recheado de coisas boas, foi preparado pensando em trazer novidades, mas também coisas mais antigas que ficam guardadas nas gavetas. Preparado pensando nos acadêmicos de psicologia, a ideia é a criação de um espaço com indicação de livros, séries, filmes, músicas, podcasts e outros produtos culturais e artísticos relacionados à Psicologia, para contribuir em nossa formação profissional e também pessoal.

Neste mês, contamos com a contribuição de Gabrielly Lopes Canova, Maria Assima Nair Cândida Siqueira dos Santos, Maria Eduarda Sabino e Mariane Deda Cachoroski. Esperamos que você goste!
PARA ASSISTIR
TedX 10 Coisas que Aprendi sobre Luto (2016)
Indicação de Gabrielly Lopes Canova
O TedX Talks 10 Coisas que Aprendi sobre Luto nos traz uma visão humanizada e transformadora acerca de um assunto muitas vezes tratado como tabu, o luto, através de 10 aprendizados que a psicóloga nos apresenta.

A Dra. Sarah Vieira Carneiro, dona do olhar por trás desses aprendizados, é cearense, com um pé no sertão e outro no mundo. É psicóloga pela Universidade Federal do Ceará (UFC), pós-graduada em Psicologia na Universidade de São Paulo (USP-SP), mestre em Psicologia Clínica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutoranda em Psicologia Clínica na Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Há mais de quinze anos se dedica à pesquisa em luto e ao atendimento a enlutados.
Além disso, a Dra. Sarah possui um curso de formação e qualificação muito completo sobre Abordagem e Manejo do Luto, acessível através deste link.
A Mulher na Janela (2021)
Indicação de Mariane Deda Cachoroski
“A Mulher na Janela” é um filme que está disponível na Netflix, que conta a história de Anna Fox, uma mulher agorafóbica que mora sozinha em uma casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém fechada em casa, ela passa os dias bebendo vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e espionando os vizinhos pela janela. Anna fica obcecada por uma nova família perfeita de vizinhos, até que certa noite, observando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e a partir daí, sua vida começa a mudar e segredos começam a ser expostos. Nesse sentido, mostra alguns momentos de ansiedade no qual a protagonista passa, e mostra também o uso de remédios com álcool.
Nesta perspectiva, nós podemos nos perguntar durante o filme: Mas será que o que ela viu aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe de fato alguém em perigo? Que está controlando tudo isso? A mulher na janela é um suspense psicológico engenhoso e comovente. Realmente é um filme que vale muito a pena ser assistido. E aí, bora lá?!
Explicando - A Mente (2019)
Indicação de Maria Eduarda Sabino
Já imaginou oque esta acontecendo na sua cabeça agora? Os neurônios se comunicando, porque sentimos tristeza ou felicidade, o que cada área seria responsável por fazer?

Esta minissérie nos traz de uma maneira lúdica e divertida explicações para tentarmos entender a ciência por traz da mente humana, abordando em cada episódio alguns de seus complexos segmentos, tais como memória, sonhos, ansiedade, meditação e psicodélicos, narrado na versão em inglês, por Emma Stone (nossa querida “Cruella”), cada episódio conta com 20 minutos, o programa perfeito para quem adora essa área maravilhosa que é a mente, e um bom entretenimento educativo, está disponível para assistir na plataforma Netflix, aprendam com moderação, preparem a pipoca, o show vai começar.
PARA LER
A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver // Ana Cláudia Quintana Arantes
Indicação de Maria Cândida

Frequentemente, diante de uma doença terminal, pensa-se que não há nada o que possa ser feito. Contudo, para Ana Cláudia Quintana Arantes, médica geriatra especialista em cuidados paliativos, o surgimento de uma doença terminal não deveria indicar uma desistência da medicina em continuar lutando por aquela pessoa. Crítica de técnicas frequentemente usadas nestes casos, Ana Cláudia condena o uso do coma induzido em indivíduos que ainda podem ter qualidade de vida, mesmo diante da própria morte. Ao falar sobre cuidados paliativos, na realidade Ana Cláudia fala sobre a vida, porque a verdade é que uma pessoa terminalmente doente ainda está viva e merece ser dignamente tratada como tal. Embora o livro traga um olhar mais humano à medicina como um todo, ele também convida a refletir sobre a saúde mental de uma pessoa diante da sua própria finitude. Quais são as demandas emocionais trazidas por pessoas que estão prestes a partir? O que nós, psicólogos, podemos fazer por alguém que sabe que seus dias estão contados? Como podemos auxiliar pessoas que, diante da sua própria morte, sentem com mais intensidade do que nunca? A resposta, felizmente, é que ainda podemos fazer muita coisa. Pois, mesmo que finita, onde há sofrimento, há vida.
PARA ESCUTAR
Harmonia Enlouquece // Sufoco da Vida
Indicação de Gabrielly Lopes Canova
Em 1998, no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro (CPRJ), foi trazida uma oficina de música aos pacientes internados e a partir disso houve uma necessidade de continuar criando música. Com isso, em 2001, formou-se o grupo Harmonia Enlouquece, os quais retratam através de suas músicas a realidade na qual eles se encontram como pacientes psiquiátricos. O grupo não é fixo, vão saindo e entrando membros a todo momento, mas a ideia inicial se mantém a mesma. Essa iniciativa foi muito importante para perceber a relevância de trazer meios artísticos como auxiliares no tratamento, como a musicoterapia.

A música “Sufoco da Vida”, provavelmente a mais conhecida do grupo, é uma crítica à forma como muitas pessoas eram e ainda são tratadas em hospitais psiquiátricos, principalmente antes da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da Luta Antimanicomial.
Segue um trecho da música:
“Estou vivendo
No mundo do hospital
Tomando remédios
De psiquiatria mental
Estou vivendo
No mundo do hospital
Tomando remédios
De psiquiatria mental
Haldol, Diazepam
Rohypnol, Prometazina
Meu médico não sabe
Como me tornar
Um cara normal”
Gostou desse trecho? Não deixe de ouvir a música completa e comente com a gente sua opinião.
Por hoje, é só! Se você tem alguma sugestão que quer ver no CAPSIndica, manda pra gente neste formulário: https://forms.gle/wZc3H6YuZh2ag62s5. Você também pode comentar aqui embaixo suas opiniões sobre as nossas indicações de junho! :)
Edição: Gabrielly Lopes Canova
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