CAPSIndica: 5 indicações para estudantes de Psicologia aproveitarem em maio
- CAPSI UTP
- 16 de mai. de 2021
- 4 min de leitura
Tem filme, livro, música e podcast novinho nas indicações preparadas especialmente pra você. Vem que tá bonito!
O CAPSIndica de maio chegou! Desenvolvido com muito carinho pela equipe do CAPSI, este é o espaço em que você encontra livros, séries, filmes, músicas, podcasts e outros produtos culturais e artísticos relacionados à Psicologia, para tocar nosso coração e nossas mentes, contribuindo para nossa formação como psicólogos e indivíduos.

Nesta edição, contamos com a contribuição de Gabrielly Lopes Canova, Julia da Fontoura Bernardo Machado, Maria Assima Nair Cândida Siqueira dos Santos, Mariana Vianna Magalhães e Matheus Chequim Carrascoso e edição de Natalie Vanz Bettoni Gallego Campos. Esperamos que você goste!
PARA ASSISTIR
Moxie: Quando as garotas vão à luta (2021)
Indicação de Mariana Vianna Magalhães
O filme "Moxie: Quando as garotas vão à luta" é uma produção da Netflix lançada em março de 2021, e se engana muito aquele que pensa que o filme é apenas mais um romance adolescente! Sim, o filme fala de uma jovem do ensino médio, mas não é só isso: ele aborda o tema da luta das mulheres por seu lugar na sociedade, pontuando questões super relevantes do feminismo, como a importância de olharmos para as interseccionalidades. E ai garotas, vamos à luta?
Um Sonho Possível (2009)
Indicação de Julia da Fontoura Bernardo Machado
O filme conta a história de Michael (o “Big Mike”), um garoto que foi separado de sua mãe muito novo e passou a vida andando por lares e orfanatos de várias famílias diferentes. Ele tinha uma vida muito sofrida e desafiadora, até que uma senhora da alta sociedade decide lhe apoiar de forma financeira, emocional e educativa. O filme traz uma reflexão linda sobre crescimento pessoal e como o acolhimento pode fazer milagres!
PARA LER

O Mapa de Sal e Estrelas // Zeyn Joukhadar
Indicação de Maria Cândida
No final do mês de abril, o Núcleo de Psicologia e Migração (NUPSIM) do CRP-PR fez uma mesa-redonda denominada “Infância Migrantes”, a qual falava sobre o impacto psicológico do processo de migração, especialmente na infância, e as demandas que podem surgir quando a psicologia acolhe essas pessoas. Em O Mapa de Sal e Estrelas, obra fictícia de Zeyn Joukhadar, Nour é uma menina sírio-americana de 12 anos que está migrando junto com sua família após ter tido sua casa em Homs bombardeada durante um conflito da Guerra Civil Síria. Ao mesmo tempo em que enfrenta as dificuldades de sair de um país em guerra e conseguir migrar para outros lugares, Nour também precisa lidar com o luto pela perda do pai, a preocupação com a irmã mais velha gravemente ferida, os conflitos relacionados a uma identidade sírio-americana pouco reconhecida, a sensação de falta de pertencimento e da perda do seu lar, a dor de ver sua família sendo separada pela realidade da guerra, bem como a extensa jornada que percorre para conseguir, no fim de tudo, se encontrar. Embora seja um livro de ficção, a obra fala sobre a realidade de muitas famílias refugiadas atualmente, e o tempo inteiro o leitor é convidado a refletir sobre todos esses processos que, mesmo fictícios no caso do livro, na vida real aparecem como demandas que a psicologia busca acolher.
PARA ESCUTAR
Vincent // Don McLean
Indicação de Gabrielly Lopes Canova
“No outono de 1970, eu tinha um emprego cantando no sistema escolar, tocando meu violão nas salas de aula. Eu estava sentado na varanda certa manhã, lendo uma biografia de Van Gogh, e de repente soube que tinha que escrever uma música argumentando que ele não era maluco. Ele teve uma doença e seu irmão Theo também. Isso faz com que seja diferente, na minha opinião, para a variedade de jardim de 'louco' - porque ele foi rejeitado por uma mulher [como era comumente pensado]. Então eu me sentei com uma cópia de Starry Night e escrevi as letras em um saco de papel.”
Este é o relato do cantor e compositor Don McLean, que escreveu a música Vincent, baseada em uma das pinturas mais famosas do mundo: “Starry Night” ou, em português, “Noite Estrelada”, depois de ter lido a biografia de Vincent Van Gogh. A pintura é de 1889 e está atualmente no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Os relatos indicam que a pintura teve como inspiração a vista da janela do hospício de Saint-Rémy-de-Provence em que Van Gogh estava internado.

Como o relato do cantor já diz, ele tentou através da música entender mais acerca da “insanidade” de Van Gogh, o que, inclusive, é retratado em uma das estrofes da música:
“Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou libertá-los
Eles não te escutavam,
não sabiam como
Talvez agora eles te escutem”
Com isso, o compositor quis trazer a ideia de que a sua música facilitaria a compreensão do que Van Gogh pensava e passava, tudo através das suas pinturas e biografias. Em certo momento, é possível até perceber uma certa romantização do possível suicídio de Van Gogh, dizendo que o mundo realmente não merecia uma pessoa tão boa quanto ele:
“Você tirou sua vida,
como os amantes costumam fazer
Mas eu poderia ter dito à você,
Vincent
Esse mundo não foi feito
Para alguém maravilhoso como você”
Van Gogh sofria de depressão e se internou em um hospital psiquiátrico. Saiu após um ano e continuou pintando até que, em 1890, faleceu em um possível suicídio. A música de Don McLean é muito interessante para a reflexão acerca da saúde mental de Van Gogh e da interpretação da sociedade acerca dos acontecimentos de sua vida e seus desafios com os transtornos mentais.
Referências:
EmpoderaCast // Movimento Negro UTP
Indicação de Matheus Chequim Carrascoso
Movimento e Resistência: o Movimento Negro da UTP criou o podcast EmpoderaCast, em que são debatidos diversos temas da atualidade, como empoderamento, negritude e aspectos sociais diversos. O episódio piloto é chamado "O que é Eminência Negra?" e está disponível no canal do Coletivo Eminência Negra no YouTube.
O tema é de extrema importância, ainda mais considerando os acontecimentos deste mês, quando uma operação policial no Jacarezinho deixou 28 mortos. Foi a mais letal da história do Rio de Janeiro e, em meio a denúncias diversas de execuções a sangue frio por policiais, está sendo considerada um verdadeiro massacre.
Por hoje, é só! Se você tem alguma sugestão que quer ver no CAPSIndica, manda pra gente neste formulário: https://forms.gle/wZc3H6YuZh2ag62s5. Você também pode comentar aqui embaixo suas opiniões sobre as nossas indicações de maio! :)
Edição: Natalie Vanz Bettoni Gallego Campos
Comments