top of page

Mês do orgulho LGBTQIA+

  • gabb1208soares
  • 25 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

O mês de Junho é conhecido como o “mês do orgulho”. Mas afinal, do que ele se trata?


Junho celebra a diversidade de gênero e de sexualidade e foi escolhido por ser o mês em que ocorreu a revolta de Stonewall, em 1969, quando após sofrerem mais um episódio de abuso das autoridades policiais, frequentadores de um bar em Manhattan revidaram o ataque. É por isso que devemos ter cuidado com a banalização envolvendo essa celebração: amor é amor, mas também é resistência!

Tendo isso em vista, gostaria de voltar nosso olhar aos TTT’s (transgêneros, transexuais e travestis). É importante ressaltar que mesmo com definições envolvendo o gênero dessas pessoas, não cabe a nós designar padrões para esses termos. É algo que envolve única e exclusivamente a pessoa trans, que irá definir como ela se identifica, com ou sem as alterações de gênero.





Infelizmente no universo TTT, o direito a saúde é limitado devido ao preconceito e a discriminação por parte dos profissionais. Alguns estudos mostram que ainda existem estados no Brasil que não fornecem o processo transexualizador no SUS, considerando que o hospital deveria estar habilitado junto com o Ministério da Saúde, nos termos da Portaria 2803/2013.

As habilitações consistem em modalidade ambulatorial que proporciona o acompanhamento clínico, pré e pós-operatório e hormonioterapia e a modalidade hospitalar que é a realização de cirurgias e acompanhamento pré e pós-operatório. É importante ressaltar que é dever do Estado promover saúde através de políticas sociais e econômicas, visando à redução do risco de doenças, bem como do acesso, de forma universal e igualitária, a ações e serviços de promoção, proteção e recuperação.

A população TTTs muitas vezes acaba sofrendo discriminação já mesmo na infância, a partir do momento que começam a ser apontados como “diferentes”. Isso acaba ocasionando impactos no desenvolvimento escolar como o analfabetismo e/ou não conclusão dos estudos.

Precisamos combater o estigma, a discriminação da orientação sexual e identidade de gênero para que esses grupos sociais recebam condições de vida digna

que todo cidadão tem por direito. Mas como isso deve ser realizado?

Através do SUS deve-se proporcionar um atendimento humanizado e livre de preconceitos e discriminações. Como, por exemplo, o uso do nome social como forma de promoção de acesso ao sistema. Além disso, o respeito as diversas construções de famílias, que são distintas do padrão heteroafetivo, valorizando a singularidade dos sujeitos e evitando qualquer forma de discriminação ou exclusão.

Devemos nos atentar mais as demandas necessárias para a população TTTs, desde o primeiro contato com os profissionais da saúde, até seus cuidados no dia-a-dia. Essas pessoas merecem viver de forma digna com os seus corpos, não devem ser tolerados preconceitos que invalidam a existência de pessoas trans.


Referências:


FREIRE, Eduardo Corsino et al. A clínica em movimento na saúde de TTTS: caminho para materialização do sus entre travestis, transsexuais e transgêneros. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 37, n. 98, p. 477-484, jul./set. 2013. Doi: 10.1590/S0103-11042013000300011. ISSN 0103-1104.

Rocon, Pablo Cardozo et al. Desafios enfrentados por pessoas trans para acessar o processo transexualizador do Sistema Único de Saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. v. 23 [Acessado 23 Junho 2021] , e180633. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/Interface.180633>. ISSN 1807-5762. https://doi.org/10.1590/Interface.180633.

O Orgulho LGBTQIA+ não é sobre amor, nem sobre consumo... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/o-orgulho-lgbtqia-nao-e-sobre-amor-nem-sobre-consumo/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos.

Quem são as pessoas LGBTs?... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/blogs/saudelgbt/quem-sao-as-pessoas-lgbts/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos.

Comments


bottom of page